O PACIENTE RELIGIOSO E A CONDUTA DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO HOSPITALAR
- aluska-pensa
- 31 de jan. de 2019
- 2 min de leitura

Um suposto caso, inspirado em alguns detalhes de uma situação verídica, que foi como tema para trabalho acadêmico.
Um hospital geral, recebeu uma paciente que é uma recepcionista de 35 anos, com a saúde debilitada devido uma anemia durante a gravidez e que teve complicações em seu parto, que ocorreu de maneira emergencial, precisando ser submetida à uma cesariana para retirar o bebê e como perdeu muito sangue, diante da gravidade da situação os médicos solicitaram uma transfusão de sangue imediata, mas houve recusa da paciente em relação ao procedimento médico, que não é aceito pela sua religião. Devido a gravidade da situação, os médicos reuniram laudos e atestados para instruir o pedido judicial e convencer o judiciário a autorizar o procedimento, a maternidade precisou procurar respaldo para ter a chance de fazer o procedimento. A decisão saiu no mesmo dia.
" É questão de vida ou morte. A gente que é médico dentro de um hospital não pode ver e não fazer nada", declarou o médico.
Nesta situação se faz necessário a presença do psicólogo para realizar uma escuta com o paciente e compreender o verdadeiro motivo pela sua recusa, pois já que de última hora a mesma aceitou, então fica o questionamento seria de fato a religião o real motivo de sua recusa ao procedimento?
Portanto, compreendo que o profissional da saúde que esteja diante de um paciente adulto e capaz, que recuse transfusão sanguínea por razões religiosas, deve ele respeitar a vontade do paciente, tomando a precaução de documentar essa recusa, que estará comprovando a vontade do mesmo, em seu estado de lucidez, pois não há muito o que se fazer, já que o indivíduo estar convicto de sua crença e decisão. Dessa forma, caso o paciente chegue a óbito devido o tal motivo, o profissional de psicologia trabalha com a família no processo de luto e seus estágios até a aceitação, respeitando sempre a subjetividade de cada um e suas crenças, pois é uma forma que o indivíduo encontrou de se relacionar com o mundo.
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