Ninguém via
- aluska-pensa
- 10 de ago. de 2020
- 1 min de leitura

Riram de suas palavras borradas de ternura, zombaram de seu jeito travesso com sorriso tímido, ninguém sabia que ali batia uma alma e um coração que não lhe pertencia, palavras atropeladas, caladas, enquanto no abraço tudo falava.
Olhos tristes com semblante alegre, como pode ser?
Seu silêncio contava os maiores segredos, que todos riam, suas palavras borrada no papel com ternura que ninguém viu, era assim ...
Sua postura parecia como de uma árvore que se inclina quando estar cansada de subir ou quando não recebe o calor do sol escondida no outro ser, falta
da água que corria como cachoeira por dentro de um mar de solidão, se essa água chorasse para fora, talvez pudesse regar um pouco da árvore que não conseguia mais se ergue do chão.
As palavras surgem sem conexão para quem as ler, mas para quem as sentem sabe bem o significado da palavra não dita, do silêncio falado, no grito calado, no riso escondido, no olhar perdido, na mão estendida que de nada servia, apenas a brisa entrelaçando seus dedos, deixando claro que ali ninguém segurava, ninguém tocava, porque ninguém via.
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